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terça-feira, 30 de novembro de 2010

Ahh o café.

Ahhh, o café.
Nos últimos meses me descobri uma verdadeira apreciadora de um bom café. Em primeira mão assumo o vício diário de duas xícaras por dia, decorrente do trabalho de 10 horas diárias no Fórum. Entretanto, confesso que a paixão pelo café não vem somente do vício orgânico introduzido no meu organismo.
O café me lembra minha mãe (outra viciada em café), me lembra o calor humano. O café remete a lembranças da infãncia misturado com leite e com o pão com manteiga molhado dentro dele. O café acalma, o café esquenta, o café desperta.
Ahhh, o café.
Que tem uma importância na história da humanidade e do Brasil imensurável. O café que está presente nas manhãs do mundo inteiro, e nas tardes também. Companheiro de madrugadas de trabalhadores, de escritores, de estudiosos.
Um bom café, acompanhado de um livro, uma rede, uma varanda, música ambiente e uma boa companhia. Alguém resiste?
Ahhh, o café.
Vício que mantém a chama viva e diariamente mantém aquecida a lembrança, a saudade, e a esperança, esquentando o corpo e o coração frio e endurecido como gelo.
Ahhh, o café.

segunda-feira, 1 de novembro de 2010

Vergolha alheia!

http://kioshi.blogspot.com/2010/11/xenofobia-no-twitter-contra-nordestinos.html

É por essas e outras que a liberdade de expressão tem uma linha tão tênue com o desrespeito ao próximo. Sempre me preocupei com isso, de as pessoas poderem falar o que querem, como querem,aonde querem. É lógico, que os abusos têm seus meios de serem punidos pela Justiça, pela lei, o problema, é a formação de opnião.... Quanto mais uma coisa absurda, ridícula e errada como essas deste post são divulgadas por aí, são disseminadas, pior fica a situação e mais difícil será convertê-la. Espero realmente que as autoridades competentes possam tomar alguma providência acerca desses abusos na internet e com relação ao preconceito, pois caso contrário, a situação só tende a piorar.É imensamente triste olhar esse tipo de coisa atualmente.
E o dono do blog está de parabéns pela denúncia, só assim, cada um fazendo sua parte, poderemos, quem sabe, reverter a situação.

quarta-feira, 8 de setembro de 2010

Overdose de constitucionalidade!

Outro dia em um post eu comentei que eu não discuto religião, política, etc. Hoje eu vou falar um pouco do meu ponto de vista sobre política, mas sem discutir governo A, B, ou C.
A política tá ao meu redor, no meu dia-a-dia, no seu. Quer queira, quer não, todos nós temos nossa parcela de envolvimento ou contato com ela. Nesses dias de campanha eleitoral que antecedem as eleições, tudo cheira a política. Coincidentemente, e com ajuda da GOL (promoçãozinha de volta a 1 real abençoada...) eu conheci pela primeira vez Brasília há cerca de 2 semanas. A capital do nosso país tem política no ar, no ambiente. Não pelo grande volume de políticos que tem lá, tendo em vista que eu não encontrei com nenhum deles. Mas, pelo clima das pessoas, pelo clima de direito público, constitucional que há ali. Fiquei encantada com o estilo de vida que se tem ali, e principalmente com o sentimento de nacionalismo aflorado que eu fiquei depois que visitei o Congresso Nacional.

Visita de turista que olhou tudo com olhos de uma eterna estudante do Direito e de administradora, analisando todos os esquemas e o funcionalismo daquele lugar. Me sentia dentro da Constituição Federal, com a sensação de que pelo menos estruturalmente o que tá na lei pátria tem possibilidade de acontecer.
Uma visita de sábado, em que não precisei dar de cara com nenhum político a fim de não quebrar o encanto daquele momento constitucional do meu ser, hehe.
Ao mesmo tempo que fiquei deslumbrada do ponto de vista do Direito, também não consegui deixar de me sentir responsável pelas pessoas que ali trabalham. Ao entrar no Plenário da Câmara dos Deputados, sentar nas cadeirinhas deles, e do Senado Federal, eu logo pensei: alguns poderiam dizer que aqui é a casa dos ladrões, casa dos corruptos, que nada funciona, mas eu diria: que reponsabilidade a minha, a nossa, eleitores!

Deputados, Senadores, Presidente. Alguns chamam os políticos de ladrões e corruptos, tem gente que só tem o mesmo discurso: só sabe reclamar e falar mal deles. Mas, essas pessoas esquecem que os candidatos estão à nossa disposição para escolher. Eles são por nós colocados ali. Democracia, o voto da maioria é que vence, e assim sendo, não há o que se reclamar. Em primeiro lugar, é preciso consciência na hora de votar, para que possamos colocar nossa cabeça no travesseiro a noite e dormir tranquilos. Votar de acordo com seus ideais, suas convicções e com honestidade e então, poderá se dizer: eu fiz minha parte.
Eu não digo que não se pode criticar, reclamar do que está errado. Mas, tudo deve ser corrigido pelas bases, e a base desse problema está na hora de votar, nesses três meses em que ao invés de todo mundo saber da campanha do Tiririca só porque é engraçado, deveríamos todos estar acompanhando e fazendo nossos estudos sobre quem é/ quem foi nossos candidatos escolhidos, e aproveitar o período eleitoral para ter certeza do que estamos fazendo no dia das eleições.

Não pude deixar de falar aqui sobre a consciência do voto, tão próximo das eleições daqueles que sentam ali todos os dias (ou não!) no Congresso Nacional para decidir e elaborar as leis que regem esse país.


Vote consciente!


(é, eu sei que parece campanha do TRE, TSE, mas é só a minha opnião mesmo depois de uma overdose de constitucionalidade hehe)

segunda-feira, 23 de agosto de 2010

Bom dia chefinha!


A gente cresce e às vezes não se dá conta. Sempre estudei de manhã na escola. Adorava a sensação de uma boa manhã de segunda-feira, em que eu sempre estava bem disposta, a sensação da brisa leve, do dia começando, das mil e uma tarefas a cumprir, e da boa sensação de cumpri-las como deveria. Vira e mexe quando tenho manhãs calmas no trabalho (raríssimo isso!), às vezes andando no corredor do Fórum ou pelo estacionamento, sinto a brisa leve da cidade balneárea e o calor do sol do começo da manhã e me lembro da minha época de escola, em que tudo parecia da mesma forma tão importante pra mim quanto minhas responsabilidades hoje e fico feliz por ainda hoje poder desfrutar dessa sensação que sempre me fez bem, logo no início do dia (tá bom eu AMO dormir, mas depois que eu acordo é melhor só dormir de novo a noite hehe). E em meio a esses 30 segundos de sensação alegre hoje, eu andava pelo corredor que me leva até a minha sala e que estava vazio por volta das 8 e meia da manhã e de uma sala saiu uma das meninas que trabalham comigo que disse um singelo: BOM DIA CHEFINHA! TUDO BEM?
Respondi educadamente dando bom dia de volta e perguntando a ela se estava tudo bem com ela também e tal, e continuei meu percurso até o final do corredor e imediatamente sentindo aquela sensação de quando eu era pequena misturada a uma nova sensação: é, as coisas só mudam de forma, de lugar e de tempo e eu virei MESMO chefe de alguém. No fim das contas, a sensação é a mesma: Felicidade pelas responsabilidades que tenho. E sim, eu sou chefe de alguém. Tem 1 ano, mas eu ainda me sinto meio estranha quando paro pra racionalizar isso, hehe mas ao mesmo tempo, isso é quase natural dentro da minha vontade de trabalhar diária, e eu adoro. É, eu cresci e ainda me sinto do mesmo jeito de quando era pequena só que a parte racional de mim mesma enxerga a diferença da realidade. Adoro esse equilíbrio!

Ah sim, e o chefinha será porque eu sou mais nova que ela ou porque eu sou baixinha mesmo? Haha :)










domingo, 8 de agosto de 2010

Um bom romance, fica a dica!


"Quando penso em você e eu e no que compartilhamos, sei que para os outros seria fácil menosprezar o tempo que passamos juntos simplesmente como um subproduto dos dias e noites à beira-mar, uma "aventura" que, a longo prazo, não significa absolutamente nada. É por isso que não conto às pessoas sobre nós. Eles não iriam entender, e não sinto necessidade de explicar, simplesmente porque sei em meu coração como foi real. Quando penso em você, não deixo de sorrir..."

[Querido John, pg. 153 - Nicholas Sparks]




Romance do mesmo autor do best-seller "Diário de uma paixão" que caiu no meu colo semana passada e eu devorei em uma semana, mesmo atolada de trabalho e de tarefas, e que, conta a história de dois jovens que se conhecem nas férias em uma praia, ele mora na Alemanha, ela nos Estados Unidos. Ele preso lá por causa do trabalho, ela com a vida clássica e em seu devido lugar. Aquela história conhecida da velha distância que atrapalhou e sempre atrapalhará, tanto no livro, quanto na vida real (no caso, a minha).
Coindências acontecem mesmo, não é? Não gostei do final da história...nem no livro, nem na vida real, afinal, sou uma romântica clássica e sempre torço pelo "e viveram felizes para sempre". Mas o livro é bom, e o filme possivelmente vai ser também. Ouvi dizer que a previsão de estréia é por esses dias aqui no Brasil.
Fica a dica!



obs: Meninas, preparem os lencinhos....hehehe


domingo, 1 de agosto de 2010

Uma noite, uma música e muita energia boa!

Música = É considerada por diversos autores como uma prática cultural e humana. Atualmente não se conhece nenhuma civilização ou agrupamento que não possua manifestações musicais próprias. Embora nem sempre seja feita com esse objetivo, a música pode ser considerada como uma forma de arte, considerada por muitos como sua principal função. (Wikipédia)
Eu não vivo sem música. Uma das melhores coisas da vida. Quem me conhece sabe, que adoro utilizar a música para momentos alegres, música para momentos triste, músicas para momentos tensos, música pra extravazar, música para dançar! Música, música. E a partir dela surgiu um evento divertido e que o mundo todo adora curtir: os shows.
Música ao vivo, ao ar livre preferencialmente, daquele seu músico, daquela sua banda preferida não tem preço como diria a propaganda do cartão de crédito, não é? A cara da juventude, da liberdade, dos 20 e poucos anos, da personalidade, das opniões e da atitude que se vê no rock'in roll. Desde Elvis, The Beatles (os melhores!), até todas as bandas nacionais e internacionais que temos hoje à nossa disposição, todas, todas expressam muito bem uma das melhores sensações que existem no mundo: curtir um show de rock na beira do palco (ou o mais perto dele que você conseguir chegar).

Quem já curtiu um show como eu nesse vídeo sabe do que eu tô falando. Daquela sensação de liberdade, de que os problemas são irrelevantes e tudo o que importa é você sentir a música, a energia e a vibração de todas as pessoas que estão ali juntas cantando com toda força possível qualquer letra que para cada um tem seu significado específico, pulando o mais alto que puder, curtindo o som da guitarra e a batida do som como se o mundo parasse naquele momento e você não precisasse de mais nada, além de estar ali.

E ontem, era tudo o que eu precisava. :)

Valeu, Dinho!

sexta-feira, 30 de julho de 2010

Com emoção ou sem emoção?

Tenho pensado bastante sobre as fases da vida (pra variar) de forma a sempre tentar adivinhar pra que rumo ela está me levando...e dentre as milhões de possibilidade, hipóteses, suposições e viagens da minha cabeça me surpreendi com um raciocínio iniciado ao ver a seguinte fotografia:




"Com emoção ou sem emoção meninas? - disse o motorista.



- Com emoção tio!! "



Eu e 3 amigas em cima de um bugre nas dunas da praia de Canoa Quebrada no Ceará. O motorista era muito doido, às vezes eu pensava que o bugre ia virar, e nós lá subindo e descendo as dunas no sol de 2 horas da tarde com um vento fortíssimo na cara (que fez meu cabelo secar mais rápido do que com o secador, hehehe) e todas, A-DO-RAN-DO.
Nisso, comecei a ver a foto e a me lembrar de tudo isso e percebi: a vida pode ser vivida com emoção e sem emoção. Cabe ao dono dela escolher! Viver a vida com emoção é algo até familiar pra mim, considerando que como eu mesma digo: minha vida parece novela, seriado...de tanta coisa louca e legal e ruim e racional que acontece. Mas, viver a vida sem emoção também pode ser uma boa escolha, dependendo do momento que você está passando.
Confesso: viver a vida com emoção é mil vezes mais divertido, mas emoção demais também cansa. E eu, me descobri esses dias, cansada. Ou será que eu só tô fugindo da vida com emoção que EU posso criar? Lembre-se a emoção no dia a dia, o movimento de suas atividades nem sempre depende só de você. É muito tentador quando isso está em suas mãos, a ponto de você escolher os próximos passos dos próximos 6 meses, 1 ano, 1 dia que seja. Quando você não está preso a tarefas, responsabilidade e pode aproveitar uma nova oportunidade que lhe foi oferecida.
Entretanto, experimenta a seguinte sequência: oportunidade lhe é oferecida, aí você agarra ela com todas as forças, faz mil planos, imagina mil formas de usufruir dela, e aí? Vem as repsonsabilidades, as tarefas e pricipalmente a oferta que lhe foi retirada bruscamente. É nesse momento em que me pergunto: vale a pena controlar a busca a emoção ou o marasmo e a comodidade da rotina e das escolhas que não machucam, não causam estragos, só para insistir em uma coisa que foi planejada mas que poderia dar errado?
Não, não vale a pena. Nem quando você está um completo idiota-apaixonado (justificativa para as maiores loucuras já feitas no mundo: o amor, a paixão).
QUE PENA pras temporadas do seriado da minha vida. A direção da produtora informa que estão suspensas por período indeterminado os novos episódios de novidades, loucuras e afins da minha vida.
Atualmente, sem emoção por favor, tio!


segunda-feira, 26 de julho de 2010

Eu não discuto religião, futebol, etc.


Questões religiosas são sempre delicadas. Aqueles que não querem entrar no assunto sempre utilizam o bom e velho: “eu não discuto religião, futebol, etc...”. Eu tinha adotado essa postura uns tempos atrás, e aliais, acho que ainda a sigo só que do meu jeito. Há alguns dias, o comportamento de duas pessoas próximas de mim me fizeram pensar bastante em voltar a discutir sobre isso. Ok, eu não digo nem que será uma discussão...é mais, algo parecido com a expressão da minha opinião que anteriormente por intuição do momento, escolhi não expressar, mas que com os pensamentos derivados dessa intuição resolvi compartilhar aqui.

Existe uma sutil e importante diferença entre fé e religião Fé é aquilo que você acredita porque sente dentro de você aquela força inexplicável que te impulsiona quando tudo te puxa para o lado contrário. Religião é a forma, a maneira utilizada pelo homem de expressar, viver, compartilhar suas experiências de fé, sejam elas nos padrões tradicionais, em novos padrões, culturas e diversidades que compôem as sociedades do planeta.


Outro dia, eu descobri que uma pessoa super querida é atéia. Eu nunca tinha conhecido um ateu de verdade, do tipo que diz e afirma verdadeiramente que não acredita em Deus. Já vi gente que se diz religioso mas tem atitudes completamente diferentes de alguém que entende ou que vive isso de verdade, mesmo sem entender, ou mesmo pessoas que não têm religião, mas acreditam em Deus, mas um ateu de verdade, eu ainda não conhecia...Confesso, que foi uma surpresa. A pessoa é uma garota, como eu. Só que ela é tão calma, tão centrada, tão pacífica, tão meiga, e tão aparentemente feliz (é, eu digo aparentemente, porque é impossível julgar a felicidade das pessoas afinal, não cabe a mim isso, é subjetividade em alto nível) que a primeira vista ela se encaixa em um padrão que eu adotei desde criança como pertencente ao perfil daquelas pessoas bem religiosas, sabe?

Desde que eu era pequena, sempre tive a impressão de que as pessoas mais velhas sempre são mais centradas, mais calmas e mais sábias que os jovens, tendo em vista que a maioria delas (pelo menos as que eu conhecia) eram religiosas. Eu fazia essa ligação, sabe? Pessoa calminha, centrada, pacífica era sinônimo de religiosidade. Entretanto, minhas experiências com religião, pessoas e etc. me fizeram mudar esse pré-conceito (não preconceito, ta?) que eu tinha em relação a isso. Conheci pessoas religiosas que de calmas e tranqüilas nada tinham, que pelo contrário, por conta de todo o conhecimento e toda a idéia de provação, pecado,etc., sofriam bastante em aceitar as “coisas do mundo” ou a entender certas situações e se tornavam amargas, sérias e sofridas. Por outro lado,também conheci pessoas que nada tinham de religioso, mas que eram tão convictas em seus ideais de bondade, honestidade, etc., que aceitavam problemas e que sabiam levar a vida de forma leve, independente de estar em dia ou não com a sua religiosidade.

Daí, quando soube que essa pessoa é atéia lembrei-me demais desse meu pré-conceito e logo em seguida, dias depois, dei de cara com outra quebra de outro pré-conceito que eu tinha ainda nesse sentido. Achava que pessoas sempre muito racionais, que se mostram seguras, fortes, inteligentes e com plena capacidade de administrar seus sentimentos não poderiam se encaixar no perfil de fanáticos religiosos. Fanáticos, entendam, no sentido mais leve da palavra, preciso deixar claro que não estou falando de nenhum homem-bomba do Oriente Médio, hehehe. Mas, sim, do tipo de pessoa que me preocupa, mais do que a pessoa que é atéia. A atéia que conheço, prima pela liberdade, pela bondade, pela honestidade, pelas coisas boas do planeta e não força e nem condena quem, ao contrário dela, acredita em Deus. É extremamente desconfortável você emitir uma opinião e ser recriminada por conta das crenças e da opinião de um extremista. “Eu não discuto religião, futebol, etc.” era o mantra que eu cantarolava mentalmente, enquanto eu era torrencialmente bombardeada por citações bíblicas, e expressões sobre o fim dos tempos, sobre a maldade, os demônios, etc. que estavam por trás do meu gosto pelo entretenimento dos filmes de ficção com bruxos, vampiros e afins. Cantarolava, porque na minha racionalidade, eu tinha consciência, de que o bombardeio era sincero, dentro do que a pessoa acredita, no sentido de que ela queria me “alertar” sobre todas as coisas que ela acredita e por conta disso, e por eu gostar dela que é uma pessoa boa de coração, eu nada disse.

Dois extremos, com Deus, sem Deus. E eu no meio de tudo isso, adicionando mais uma vez experiências que montarão as minhas crenças e a minha definição de religiosidade ou ausência dela durante a minha vida. E mais uma vez, extremos não são pra mim.

Não é dizer que eu estou em cima do muro, mas a cada dia, eu tenho mais convicção de que minhas idéias, meio-termo, são essenciais no meu equilíbrio. E que é assim que eu quero e pretendo levar minha vida e passar isso pros meus filhos.


E eu vou continuar me divertindo com o Harry, o Edward, Jacob, Damon Salvatore. (linds)

quarta-feira, 21 de julho de 2010

"Deixa a vida me levaaaar, vida leva eu. Deixa a vida me levaaaar, vida leva eu...." [Zeca Pagodinho]

Em dias reflexivos, apesar de toda a correira dos últimos 30 dias, tenho me surpreendido com a intensidade com que se manifesta em mim uma vontade imensa de escrever. Colocar meus pensamentos no papel, e a cada dia, em que a vida entra naquela fase de "desaceleração", eu fico com um turbilhao de pensamentos, idéias e opniões, escolher uma é tão difícil considerando que eu nem sei porque, mas adotei uma postura de que eu escreveria coisas no blog de tempos em tempos. Sei lá, eu penso que as vezes ficar nessa de pensar e escrever pode me levar a escrever besteiras, coisas chatas, desinteressantes para os leitores, ou para mim mesma no futuro. Um dos motivos que me levam a manter o blog, e que me fazem escrever de vez em quando é exatamente esse. Colocar e expor somente idéias e pensamentos enraizados em mim, que eu possa reler e ainda concordar que eles permaneçam lá, como pensamentos meus, como idéias minhas (até agora, deu certo, não me arrependo e ainda penso de acordo com tudo o que escrevi,mesmo uns 2 anos depois).
Bom, esse rodeio todo eu nem sei porque, era só pra iniciar um texto que abrange dois assuntos diferentes. Ou melhor, pra explicar que como pouca vezes, postarei em dias seguidos ou mesmo em um espaço de tempo menor, textos completamente diferentes, a começar por este.
Ontem, eu fui atrás de um livro que comprei ano passado, para emprestar para uma amiga minha aqui do Fórum. Um livro que eu devorei ontem a noite mesmo, antes de dormir. Bom, quando a gente tem um livro/filme que a gente gosta, e vê,relê e revê sempre com prazer e cada leitura ou cada vez que vc assiste é de um jeito diferente né? Quando você já é outra pessoa do que quando leu a primeira vez e pode perceber de outros ângulos a perspectiva das histórias, das palavras, das cenas.
Isso aconteceu comigo ontem e hoje quando fui entregar o livro pra minha amiga. O livro é de uma autora que é uma garota comum como eu, como minhas amigas. Uma garota que começou expondo as idéias dela em seu blog (a-bonitona-encalhada!) e no fim das contas deve tá tirando uma graninha com a venda dos exemplares. Eu já indiquei o livro dela pra umas 7 pessoas, acho que ela me deve uma graninha...hehehehe (viu Laura?). Mas, a verdade é que eu achei esse livro por acaso na livraria. E hoje, quando fui explicar pras meninas do meu trabalho, o porque de eu ter comprado o livro (depois eu explico isso...), me lembrei de onde eu estava há exatos 1 ano atrás, e me lembrei, que como eu sempre digo, coisas nao acontecerem por acaso, e eu tneho plena confiança que a minha vida, é regida por coincidencias e pela ação/consequencia de atos meus e dos outros.
Tá certo, que em 1 ano muita coisa aconteceu e quase nada mudou. Continuo trabalhando no mesmo lugar (tá, aqui as coisas mudaram bastante), continuo engordando (é a treva!!) e com problemas pra não abusar a comida que eu como todo dia, com o sono interminável, com a ansiedade e a desgraceira toda da OAB na minha vida, etc., lógico, que muita coisa mudou tb, pra melhor, mas no fim das contas, nada mudou do jeito que eu imaginava que mudaria.
Por exemplo, quem diria, que 1 ano eu estaria vindo pra cidade balneária de carro? Eu queria mesmo comprar um, queria juntar a grana e tudo o mais, mas não imaginei MESMO que seria como foi. Entrada súbita, com as economias que eu tinha, provocado por um problema com o carro lá de casa, que levou à minha aquisição do meu antes que eu pudesse imaginar, e da forma que eu não imaginei (mas, de uma forma boa e talvez até melhor!). Outro exemplo, reside nas minhas férias, que serão mto bem trabalhadas, e que novamente, não vão ser do jeito que eu imaginei (percebe-se que trabalhar nas férias não tem muito a ver com uma viagem pra Europa, tem? hehe). Ah, exemplos eu tenho no balde! Mas, se eu for ficar falando cada um meu texto vai ficar mais chato do que já é.
Ok, ok. Pelo perfeccionismo que eu tenho, eu tenho mania de pegar e planejar uns meses pra frente, a ansiedade (minha companheira fiel, affs) me faz muitas vezes sonhar e planejar atos e as consequencias deles, às vezes minunciosamente. QUE PENA pra mim, como diria minha prima e o "cromossomos" lá (hehe), porque nao adianta NADA eu planejar coisa alguma! Pode parecer pessimismo meu ou o que vocês quiserem usar como nomenclatura ou explicação, mas SEMPRE, que eu planejo e espero que isso ou aquilo saia do jeito X, ele sai do jeito A,B,C,D, o alfabeto todo menos do jeito que eu queria/imaginei/desejei. Portanto, ao ler o livrinho ontem, ao emprestar o livrinho hoje e ao sentar aqui para escrever esse texto besta, me toquei: é, nada do que eu planejo funciona, vou planejar o contrário! Será que funciona, se eu fizer desse jeito? Outra opção é não planejar mais coisa alguma.

Só pra começo de conversa e pra vocês verem como o negócio é mesmo complicado, eu queria escrever sobre 2 outras coisas (que possivelmente escreverei depois), mas, aqui estou eu sem conseguir fazer porque já enveredei por outor raciocínio e já não tá saindo do jeito que eu pensei!
Que complicação! Entretanto, queridos pensadores intuitivos, no fim das contas, eu não tô vendo isso só como uma coisa ruim. Sabem porque? Porque passou (ou tem passado) a dificuldade que eu tinha/tenho de entender que as coisas que nao acontecem como eu queria/quero, não são mais frustações, mas sim porque eu queria/desejei ou esperei demais da forma errada.
Religiões diriam que foi Deus, tem gente que diz que o certo é deixar a vida te levar, que é o destino, não sei. Eu não gosto de definir ou dizer, que pra mim é isso ou aquilo, apesar de ter minhas crenças, porque no fim das contas, cada um sabe o que pensa, e eu jamais invadiria alguém a ponto de dizer que taxativamente, o que eu penso tá certo ou é o correto. Tudo depende do ponto de vista da pessoa, das experiências vividas, quando se trata dessas coisas. Mudei o foco do assunto, eu sei, é que esse (finalmente!) era um dos assuntos que eu iria tratar no texto de hoje, mas fica pra uma outra vez.

Ah, sim! Só mais uma coisa: coincidências à parte nesse exato momento em que escrevia o texto (no e-mail, pra depois colocar no blog, aqui no trabalho é tudo bloqueado ¬¬) engatei uma conversa aqui com meu colega de trabalho, sobre uma história que tem a ver com o que eu abordei aqui, sobre a coragem de uma mulher que ele conheceu, de em 1 ano mudar a vida dela do avesso, depois que conheceu uma pessoa foi-se embora com ela pra Europa, levando os dois filhos e mudando a vida dela completamente, ainda bem que pra melhor. Porque será que essa história veio parar no meu ouvido, justo esses dias? Ah, como eu queria conseguir ir do jeito que eu planejei na minha cabeça pro lugar que eu desejei aqui, nos meus mais íntimos devaneios. É, falta-me a coragem da mulher da história e sobra-me o planejamento quase inútil do futuro.

Prometo, aderir ao "deixa a vida me levar", Zeca Pagodinho! Hihi :)








sexta-feira, 16 de julho de 2010

Alguém sabe o CID do trico?


Trico = doença no coração, na alma. Derivada da dor de cotovelo, tem por sintomas saudade, melancolia, tristeza, e todos os sintomas de alguém que sofre por amar.


Eu achei engraçado, essa semana um dos carinhas que trabalham comigo, um senhor já no auge de seus 45 anos me deu a definição acima. Ele chegou um belo dia a tarde, e disse: "acho que tô sofrendo de trico...".
Humilde, simples, já foi militar e é uma figuraça, que dá aula de física e matemática pro ensino fundamental de uma escola pública e é conhecido no seu ambiente de trabalho como um cavalo batizado. Um cara que já foi renegado em todos os setores e que é insistentemente engraçado e que por fim, foi parar na Diretoria (é, na Diretoria, como na escola sabe? Os mal-criados, os alunos danados, que dão trabalho, vão pra Diretoria....).
Um cara que mesmo com todos os defeitos, esse cara é uma peça rara e simplesmente nos ensina muita coisa no dia-a-dia. De início, você pega logo um abuso e fica arredio com ele, porque ele é um poço de ignorância. Acho que no fundo, é uma auto-defesa ou memso um trauma de muita coisa que ele já deve ter passado na vida. Um cara que já foi casado e não teve filhos, luta para não viver sozinho e acho que sentia a negação de todos com ele no trabalho. Devia ser ruim memso, ir todo dia trabalhar num lugar em que as pessoas tiravam onda perjorativa com a sua cara e ainda por cima onde se pudessem nem estavam perto de você. Hoje a gente tira onda com ele, lógico, mas ele sabe que é porque a gente acha ele legal, não é como antigamente, antes da gente chegar lá.
Mas esse cara, também tem um coração enorme e mole. O que ele tem de durão, ele tem de coração mole. Mole, no sentido de grande. Do tipo que abre mão de suas coisas, que faz um empréstimo pra construir uma casa pra irmã. Uma casa novinha! Do tipo que me arrumou uns 15 lugares de assistência social para entrega de cestas básicas, do tipo que ajudava uma senhora idosa até a sua morte, que cuidava de uma criança adotada, dando comida, atenção, roupa lavada. Do tipo que sofre de trico e não sente vergonha disso.

É, trico. Naquela definição ali de cima. No dia que ouvi isso, eu fiquei me perguntando..."que diabo é isso? Que contraste!!" Mas, depois que ele explicou eu percebi. Realmente, vira e mexe, aquele cara durão chega animado, ou mesmo emburrado no trabalho. A gente nunca sabe o que se passa na vida pessoal de cada pessoa ao nosso redor. Mas, a convivência com esse cara me fez parar pra pensar, de novo, na minha vida. Será que ele chegou nesse idade e com essa brutalidade e auto defesa toda porque no fundo era como eu? Que depois de algumas tentativas, depois de muitas coisas vividas resolveu nao sofrer mais de trico? Esse negócio de trico é muito sério, dá em gente nova, gente velha, gente normal e gente doida. E muita gente foge disso. Muita gente faz de tudo pra não passar por isso, como eu.

Até andei procurando o CID do tal trico, pra ver se eu consigo me internar e levar um atestado pro trabalho que comprove que o vírus do trico anda dentro de mim, mas esse é o tipo da doença que acho que os médicos/psicólogos preferem não diagnosticar, acho que porque no fim das contas eles também sofrem de trico e o mundo ia parar se todo mundo que sofresse disso parasse suas atividades cotidianas.

Sendo assim, eu podia fazer como o cara que falei, que sofre de trico, não nega e ainda por cima logo logo tá pronto pra outro vírus causador de trico. O problema, é que eu tomei uma vacina contra isso há algum tempo, e agora, eu quero saber: como faz pra sofrer de trico de novo? Coincidência ou não, na semana que passou eu vivi coisas que aparentemente poderiam fazer valer a pena eu pegar esse vírus de novo. Mas, apesar disso...eu sei que pra eu pegar esse vírus eu ainda tneho muito trabalho pela frente, derrubar as barreiras do medo, derrubar as barreiras dos anticorpos, parar de sabotar a mim mesma e voltar a viver intensamente, as coisas do coração, seja pra sofrer de trico, seja pra finalmente encontrar a cura que fará eu nunca mais sofrer disso.





quarta-feira, 5 de maio de 2010

Perdendo a sensibilidade?

Em primeiro lugar eu queria comunicar que o que eu vou declarar aqui aconteceu de verdade e que eu não sou um monstro cruel, tudo ficou bem no final.

EU ATROPELEI UM CACHORRO.

É, eu sei. Sou má. :(
Mas, foi sem querer e foi devagar. Explicarei.

Eu estava saindo do Fórum em que trabalho hoje, quando cheguei na ladeirinha do estacionamento, estava super atenta para nao arranhar meu retrovisor no muro que é muito perto da saída e também fiquei atenta aos pedrestes, antes de eu chegar na avenida.
Pra quem não sabe, em Sao José de Ribamar/MA, MUITA gente anda a pé e nas calçadas da avenida principal (Gonçalves Dias) e na frente do Fórum não é diferente.

Então, segui a 10km/h para chegar na avenida, e olhei para a menina que passava na calçada. Freei, e em seguida continuei meu trajeto.
E ai?
E ai eu sinto um solavanco, eu passando, esmagando uma coisa que levantou o pneu da frente do lado direito. Ainda com os vidros fechados eu pude ouvir os gritos da cachorrinha que mora no fundo do Fórum. Ela saiu andando, meio mancando inicialmente, e ficou lá latindo bem alto.
FOI HORRÍVEL.
Achei que ia morrer (que EU ia morrer) e não a cahorrinha, só de dó e de remorso por não ter visto que ela tava lá deitada na calçada. Mas, pelo contrário. Sobrevivi e ainda por cima descobri que eu ando mais amarga do que imaginava.
Fui recriminada visualmente por um cara que usava o telefone público e por todos que ali passavam. Mas, eu nao me importei, só olhava para a cachorrinha, de dentro do meu carro. Depois da dor inicial, ela continuou andando e já sem mancar, deitou-se novamente, mas ainda assustada.

Ela não morreu (graças a Deus, senão eu sei lá, eu morria junto de culpa) e nem ficou ferida nem nada. Acho, que foi porque eu nao tava nem a 15 km/h e só fiz passar por cima dela (sentiram a "naturalidade" das minhas palavras?é nesse ponto que eu quero chegar)...
Ainda tô com o som do latido dela na minha cabeça e com uma sensação de culpa enorme. Mas, me pergunte: eu não sou mais a mesma.
Em tempos não muito remotos, eu desceria do carro, teria no mínimo lágriimas tímidas e me certificaria de toda forma de que ela estava bem. Mas, hoje, não. Não fiz isso e caí na real de que eu ando mesmo mais fria e insensível.

É claro que não fiz de propósito, mas isso me serviu de lição para eu além de prestar um pouco mais de atenção no volante, também na minha vida e em quem eu estou me tornando.
Eu era super sensível, bobona, amorosa, sonhadora e mais humana e sinto saudade disso. A impressão é que eu me machucava muito mais, é verdade. Mas, eu prefiro sofrer a virar uma pedra. E eu não quero virar uma pedra e ser dura e fria pro resto da minha vida, mas o instinto de proteção é aguçado demais e isso tem sido uma evolução constante dentro do meu dia-a-dia.
Eu quero mesmo minha sensibilidade de volta.

sábado, 20 de fevereiro de 2010

O que serve pra mim....

...pode não servir pra você e vice-e-versa.



Esses dias tive uma discussão com minhas amigas e primas sobre um assunto que muita gente não leva tão natural assim. Tudo começou com elas utilizando o argumento de que eu era muito estressada, etc, etc.



Aquela coisa de sempre, que todo mundo me fala desde que eu tinha nem sei quantos anos. De que eu sou pavio curto, de que eu não tneho paciência, etc, etc.



Nenhuma novidade até então, nos meus conceitos sobre mim mesma. Até, que uma delas criou coragem e disse: eu acho que tu devias fazer terapia.



Ok, baby. Todo mundo "precisa de terapia", é uma frase que eu já ouvi muito, principalmente quando eu trabalhava no consultório de psicologia da mina mãe. Mas, a questão aqui não é a generalização da necessidade disso. A questão aqui, é a de que ok, todo mundo pode até precisar, mas nem todo mundo tem que fazê-la, oras!



Já "curti" a experiência, quando eu achava necessária pra mim. Hoje em dia, não vejo porque entrar num consultório e conversar com um estranho profissional, ok, estudado e preparado pra me ouvir, ams quem disse que eu tô preparada pra falar?



É como a religião. Hoje, eu que já experimentei a vida engajada na Igreja Católica, sei que no momento que precisei foi demuita ajuda. Hoje em dia, se continuasse como estava, seria um problema.



Tudo é uma questão de fase de vida, de momento, da necessidade interior de cada um.

Portanto, terapia funciona, mas só pra quem acredita e necessita dela.

Religião só serve pra quem acredita e necessita dela.



Existem diversas formas de refúgio, busca de força, fé, e melhoria de vida. Busque a sua, de acordo com o seu momento. O importante, não é o que acham que é bom rpa você. O importante é a sua vontade de melhorar, não importa por qual meio, ou com a ajuda do quê.



Mas de uma coisa eu sei: família, amigos, música, alegria, diversão sempre serão fundamentais e jamais te deixarão na mão.





E, não, não vou começar a terapia agora, tão pouco voltar a frequentar assiduamente a Igreja. A estressadinha da estrela tá bem do jeito que tá. Eu me aceito, não me importo em ser assim, então, ponto.

segunda-feira, 11 de janeiro de 2010

Um viva aos chatos, reclamões!

Interessante como o destino e nossa força de vontade brigam o tempo todo entre si. Você está lá, vivendo a cada longo dia, ou curto dia dependendo de como você está passando por ele, buscando uma conciliação entre o que você tem porque conquistou e o que você ganhou de Deus, do destino, dos deuses, da sorte ou do que quer que tneha colaborado pra você possuir alguma cosia na vida e quando você se atreve a relaxar, a achar que pode curtir um momento tranquilo e poder dizer: é, tô feliz com isso!


Lá vem a confusão: e a briga entre o que você quer e o que você tem porque caiu de pára-quedas na sua vida começa a te perturbar. Você tem que ser feliz pelo que tem, mas nao pode desistir de sonhar, já diria a rainha dos baixinhos em lua de cristal. Um contrasenso!


Ora bolinhas azuis, será que dá pra resolver de que lado vcs estão? Hora viver acomodada, aceitando o que recebeu , sem reclamar e ainda achar bonito ou uma sorte ter que ir e vir todo dia dos cafundós de judas de onibus, ou passar não sei quantos dias fora de casa, viajando, trabalhado, longe do seu canto, porque simplesmente tu tens o que muita gente nao consegue, um emprego, uma familia, isso ou aquilo.


E eu lá tenho culpa das pessoas nao conseguirem ou nao poderem ter o que elas querem?


Querer não é poder, baby, já diz o ditado.


Eu nao quero ter mesmo que aceitar viver ou ter certas condições ou mesmo realidades, só porque eu ganhei isso de "presente". Eu sempre vou ser aquela pessoa chata, reclamona, que sempre vai colocar defeito em tudo, porque nada pode ser perfeito, nada é certinho demais, nada pode ser tão chato que nao tenha nada do que ser reclamado.


Por isso, eu a cada dia percebo que isso é além de uma caracteristica nata, também uma escolha de um modo de viver. Nada de ficar entediado com a rotina, nada de aceitar isso ou aquilo porque tem que aceitar, porque é impossível mudar. Nada de esperar 10 mil anos pra alcançar um objetivo.


Ariana, imediatista de carteirinha: sonho agora e quero a materialização do sonho a curto prazo. Portanto, não torra minha paciência, e nao me ache inconstante só porque depois de u tempo fico abusada de pessoas ou situações. E ai do sonho se ele nao se materializa rapidinho: logo perde o lugar na fila e às vezes não passa de um pensamento esquecido em algum lugar do espaço temporal pretérito.
E eu sempre acho que no enésimo round nossos sonhos dão um belo soco de direita no destino! Só pra ele largar de ser besta e chegar embaralhando a vida d agente todinha!
Mas, ao memso tempo: ainda bem que o destino vem. Pra dar uma mexidinha na vida, uma chacoalhada, pra trazer reviravoltas sempre interessantes, nos mais diversos pontos de vista.

Tá bom, tá bom: nossa, que menina chata e complicada! Reclama do destino, depois elogia. Elogia os sonhos, depois reclama deles.


Pois eu digo: viva aos chatos, reclamões. Sem nós, jamais o mundo seria divertido. Tudo seria sem graça, comum, calmo, tranquilo, sem adrenalina, sem a intensidade da novidade, da mudança. E é exatamente essa a graça da coisa toda. O equilíbrio na briga entre nossos sonhos (que as vezes são somente viagens ilusórias das nossas cabeças teimosas e sem noção e às vezes não) e nosso destino, que como diz o ditado: vive pregando peças na gente.