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quarta-feira, 21 de julho de 2010

"Deixa a vida me levaaaar, vida leva eu. Deixa a vida me levaaaar, vida leva eu...." [Zeca Pagodinho]

Em dias reflexivos, apesar de toda a correira dos últimos 30 dias, tenho me surpreendido com a intensidade com que se manifesta em mim uma vontade imensa de escrever. Colocar meus pensamentos no papel, e a cada dia, em que a vida entra naquela fase de "desaceleração", eu fico com um turbilhao de pensamentos, idéias e opniões, escolher uma é tão difícil considerando que eu nem sei porque, mas adotei uma postura de que eu escreveria coisas no blog de tempos em tempos. Sei lá, eu penso que as vezes ficar nessa de pensar e escrever pode me levar a escrever besteiras, coisas chatas, desinteressantes para os leitores, ou para mim mesma no futuro. Um dos motivos que me levam a manter o blog, e que me fazem escrever de vez em quando é exatamente esse. Colocar e expor somente idéias e pensamentos enraizados em mim, que eu possa reler e ainda concordar que eles permaneçam lá, como pensamentos meus, como idéias minhas (até agora, deu certo, não me arrependo e ainda penso de acordo com tudo o que escrevi,mesmo uns 2 anos depois).
Bom, esse rodeio todo eu nem sei porque, era só pra iniciar um texto que abrange dois assuntos diferentes. Ou melhor, pra explicar que como pouca vezes, postarei em dias seguidos ou mesmo em um espaço de tempo menor, textos completamente diferentes, a começar por este.
Ontem, eu fui atrás de um livro que comprei ano passado, para emprestar para uma amiga minha aqui do Fórum. Um livro que eu devorei ontem a noite mesmo, antes de dormir. Bom, quando a gente tem um livro/filme que a gente gosta, e vê,relê e revê sempre com prazer e cada leitura ou cada vez que vc assiste é de um jeito diferente né? Quando você já é outra pessoa do que quando leu a primeira vez e pode perceber de outros ângulos a perspectiva das histórias, das palavras, das cenas.
Isso aconteceu comigo ontem e hoje quando fui entregar o livro pra minha amiga. O livro é de uma autora que é uma garota comum como eu, como minhas amigas. Uma garota que começou expondo as idéias dela em seu blog (a-bonitona-encalhada!) e no fim das contas deve tá tirando uma graninha com a venda dos exemplares. Eu já indiquei o livro dela pra umas 7 pessoas, acho que ela me deve uma graninha...hehehehe (viu Laura?). Mas, a verdade é que eu achei esse livro por acaso na livraria. E hoje, quando fui explicar pras meninas do meu trabalho, o porque de eu ter comprado o livro (depois eu explico isso...), me lembrei de onde eu estava há exatos 1 ano atrás, e me lembrei, que como eu sempre digo, coisas nao acontecerem por acaso, e eu tneho plena confiança que a minha vida, é regida por coincidencias e pela ação/consequencia de atos meus e dos outros.
Tá certo, que em 1 ano muita coisa aconteceu e quase nada mudou. Continuo trabalhando no mesmo lugar (tá, aqui as coisas mudaram bastante), continuo engordando (é a treva!!) e com problemas pra não abusar a comida que eu como todo dia, com o sono interminável, com a ansiedade e a desgraceira toda da OAB na minha vida, etc., lógico, que muita coisa mudou tb, pra melhor, mas no fim das contas, nada mudou do jeito que eu imaginava que mudaria.
Por exemplo, quem diria, que 1 ano eu estaria vindo pra cidade balneária de carro? Eu queria mesmo comprar um, queria juntar a grana e tudo o mais, mas não imaginei MESMO que seria como foi. Entrada súbita, com as economias que eu tinha, provocado por um problema com o carro lá de casa, que levou à minha aquisição do meu antes que eu pudesse imaginar, e da forma que eu não imaginei (mas, de uma forma boa e talvez até melhor!). Outro exemplo, reside nas minhas férias, que serão mto bem trabalhadas, e que novamente, não vão ser do jeito que eu imaginei (percebe-se que trabalhar nas férias não tem muito a ver com uma viagem pra Europa, tem? hehe). Ah, exemplos eu tenho no balde! Mas, se eu for ficar falando cada um meu texto vai ficar mais chato do que já é.
Ok, ok. Pelo perfeccionismo que eu tenho, eu tenho mania de pegar e planejar uns meses pra frente, a ansiedade (minha companheira fiel, affs) me faz muitas vezes sonhar e planejar atos e as consequencias deles, às vezes minunciosamente. QUE PENA pra mim, como diria minha prima e o "cromossomos" lá (hehe), porque nao adianta NADA eu planejar coisa alguma! Pode parecer pessimismo meu ou o que vocês quiserem usar como nomenclatura ou explicação, mas SEMPRE, que eu planejo e espero que isso ou aquilo saia do jeito X, ele sai do jeito A,B,C,D, o alfabeto todo menos do jeito que eu queria/imaginei/desejei. Portanto, ao ler o livrinho ontem, ao emprestar o livrinho hoje e ao sentar aqui para escrever esse texto besta, me toquei: é, nada do que eu planejo funciona, vou planejar o contrário! Será que funciona, se eu fizer desse jeito? Outra opção é não planejar mais coisa alguma.

Só pra começo de conversa e pra vocês verem como o negócio é mesmo complicado, eu queria escrever sobre 2 outras coisas (que possivelmente escreverei depois), mas, aqui estou eu sem conseguir fazer porque já enveredei por outor raciocínio e já não tá saindo do jeito que eu pensei!
Que complicação! Entretanto, queridos pensadores intuitivos, no fim das contas, eu não tô vendo isso só como uma coisa ruim. Sabem porque? Porque passou (ou tem passado) a dificuldade que eu tinha/tenho de entender que as coisas que nao acontecem como eu queria/quero, não são mais frustações, mas sim porque eu queria/desejei ou esperei demais da forma errada.
Religiões diriam que foi Deus, tem gente que diz que o certo é deixar a vida te levar, que é o destino, não sei. Eu não gosto de definir ou dizer, que pra mim é isso ou aquilo, apesar de ter minhas crenças, porque no fim das contas, cada um sabe o que pensa, e eu jamais invadiria alguém a ponto de dizer que taxativamente, o que eu penso tá certo ou é o correto. Tudo depende do ponto de vista da pessoa, das experiências vividas, quando se trata dessas coisas. Mudei o foco do assunto, eu sei, é que esse (finalmente!) era um dos assuntos que eu iria tratar no texto de hoje, mas fica pra uma outra vez.

Ah, sim! Só mais uma coisa: coincidências à parte nesse exato momento em que escrevia o texto (no e-mail, pra depois colocar no blog, aqui no trabalho é tudo bloqueado ¬¬) engatei uma conversa aqui com meu colega de trabalho, sobre uma história que tem a ver com o que eu abordei aqui, sobre a coragem de uma mulher que ele conheceu, de em 1 ano mudar a vida dela do avesso, depois que conheceu uma pessoa foi-se embora com ela pra Europa, levando os dois filhos e mudando a vida dela completamente, ainda bem que pra melhor. Porque será que essa história veio parar no meu ouvido, justo esses dias? Ah, como eu queria conseguir ir do jeito que eu planejei na minha cabeça pro lugar que eu desejei aqui, nos meus mais íntimos devaneios. É, falta-me a coragem da mulher da história e sobra-me o planejamento quase inútil do futuro.

Prometo, aderir ao "deixa a vida me levar", Zeca Pagodinho! Hihi :)








Um comentário:

Anônimo disse...

Resumindo: LArgue tudo e vumbora pra São Paulo. Ehehehhee... Tô fazendo isso. Devo ir pra lá dia 10 de agosto. Estudar. É bom arriscar às vezes, sabia!? Gostei do teu jeito de escrever deixando as palavras fluirem.